02-11-2007, 06:23 PM
Nos tempos em que o Rangel era o big boss da SIC, e em que aquela estação se apresentava como um projecto de grande fôlego dominando claramente as audiências (foi o tempo da célebre afirmação do Rangel: podemos vender Presidentes como sabonetes!) foram criados ou consolidados por aquele canal, dois produtos políticos a saber: P. S. Lopes e J. Sócrates. Lembram-se concerteza do programa semanal com aqueles dois (de razoável share), em que se discutiam os problemas do país durante uma hora, aos domingos, apresentando cada um a sua perspectiva. Profeta ou não, o Rangel, de certa forma, acertou: um é hoje 1º ministro e outro é quase o líder da oposição. E é este "quase" que, na minha opinião, encerra a resposta ao "porque será?" formulado por ti, estimado amigo júlio!
Todos nós sabemos porque é que Santana não ascenderia à liderança do PSD contra o Menezes. É que o Santana era o único que definitivamente faria levantar (todos .) os chamados barões. Por um lado estes não se queriam arriscar a andar mais para trás do que aquilo que o PSD tem andado. Por outro lado Santana, sabedor deste facto, porque é esperto e tem (sem dúvida) instinto político, não se proporia nunca para a liderança do partido porque sabia que arriscava perder, e isso não seria bom para os seus objectivos podendo constituir até uma derrota política de contornos definitivos. Assim, posicionou-se da forma que melhor lhe poderia proporcionar um trampolim no sentido de influenciar sectores do partido, e, posteriormente assumir novamente a liderança do PPD . / .PSD (PSD dito com dificuldade porque é muito à esquerda .) ou seja conseguiu o posto de líder parlamentar. Já se viu que o homem não está ali para brincadeiras, já mandou embora meia dúzia de barrosistas e anti-santanistas, já disse que só se guia pela sua própria cabeça, já discordou do Menezes (na questão do Tribunal Constitucional por ex) e etc. Ora chegados aqui, poderemos começar a perceber melhor o papel da SIC. Em 1º lugar o Balsemão nunca gostou dele (a menos que seja para programas que garantem audiências), isso é público e notório, e foi para ele confrangedor (para mim por acaso também foi .) o período em que o Santana foi 1º Ministro e em que a sua própria estação teve de relatar as constantes tolices do Santana enquanto 1º Ministro e, por inerência, do partido do qual foi fundador. Consta aliás que nas consultas que o Sampaio fez a várias personalidades, o Balsemão lhe terá dito que o demitisse que não o aguentava mais. E depois, confirmando isto, está a notícia do almoço recente entre Menezes e Balsemão, a quem o líder reiterou o convite para o militante nº1 do PSD continuar a ser o coordenador da revisão do programa do partido, o que foi aceite. Ou seja, neste contar de espingardas, o Santana foi buscar os seus indefectíveis e deu um chuto noutros, o Menezes foi buscar o Balsemão e com isto não ganhou só um apoio singular, mas sim também o de uma estação de Televisão! Se não fosse cá por coisas, eu até diria que isto era assim uma espécie de claustrofobia democrática . mas não me vou meter nisso .
Nota final: Aquela situação da entrevista do Santana que saiu mal à SIC, foi só um apontamento mal calculado pela estação, na qual o Santana se saiu muito bem. A melhor entrevista do Santana foi aquela que ele não deu, e estou convicto que a Agência de Informação SIC não vai deixar voltar a acontecer semelhante coisa .
Todos nós sabemos porque é que Santana não ascenderia à liderança do PSD contra o Menezes. É que o Santana era o único que definitivamente faria levantar (todos .) os chamados barões. Por um lado estes não se queriam arriscar a andar mais para trás do que aquilo que o PSD tem andado. Por outro lado Santana, sabedor deste facto, porque é esperto e tem (sem dúvida) instinto político, não se proporia nunca para a liderança do partido porque sabia que arriscava perder, e isso não seria bom para os seus objectivos podendo constituir até uma derrota política de contornos definitivos. Assim, posicionou-se da forma que melhor lhe poderia proporcionar um trampolim no sentido de influenciar sectores do partido, e, posteriormente assumir novamente a liderança do PPD . / .PSD (PSD dito com dificuldade porque é muito à esquerda .) ou seja conseguiu o posto de líder parlamentar. Já se viu que o homem não está ali para brincadeiras, já mandou embora meia dúzia de barrosistas e anti-santanistas, já disse que só se guia pela sua própria cabeça, já discordou do Menezes (na questão do Tribunal Constitucional por ex) e etc. Ora chegados aqui, poderemos começar a perceber melhor o papel da SIC. Em 1º lugar o Balsemão nunca gostou dele (a menos que seja para programas que garantem audiências), isso é público e notório, e foi para ele confrangedor (para mim por acaso também foi .) o período em que o Santana foi 1º Ministro e em que a sua própria estação teve de relatar as constantes tolices do Santana enquanto 1º Ministro e, por inerência, do partido do qual foi fundador. Consta aliás que nas consultas que o Sampaio fez a várias personalidades, o Balsemão lhe terá dito que o demitisse que não o aguentava mais. E depois, confirmando isto, está a notícia do almoço recente entre Menezes e Balsemão, a quem o líder reiterou o convite para o militante nº1 do PSD continuar a ser o coordenador da revisão do programa do partido, o que foi aceite. Ou seja, neste contar de espingardas, o Santana foi buscar os seus indefectíveis e deu um chuto noutros, o Menezes foi buscar o Balsemão e com isto não ganhou só um apoio singular, mas sim também o de uma estação de Televisão! Se não fosse cá por coisas, eu até diria que isto era assim uma espécie de claustrofobia democrática . mas não me vou meter nisso .
Nota final: Aquela situação da entrevista do Santana que saiu mal à SIC, foi só um apontamento mal calculado pela estação, na qual o Santana se saiu muito bem. A melhor entrevista do Santana foi aquela que ele não deu, e estou convicto que a Agência de Informação SIC não vai deixar voltar a acontecer semelhante coisa .