08-09-2007, 04:29 AM
Em 1º lugar convem dizer que a «nova» Comissão da Liberdade Religiosa, é igualzinha à «velha», nomeada por Celeste Cardona em 2004 (Lembram-se que governo é que era?) salvo, é claro, o facto do Menéres Pimentel ter sido substituído pelo Mário Soares. Para mim é uma boa notícia, pois é o garante de que um departamento do Estado não será usado para subverter o princípio constitucional de laicidade desse mesmo Estado (fundamental numa democracia) como aliás não foi, deve dizer-se porque é justo, por Menéres Pimentel.
Depois é preciso saber o que é a CLR: é um organismo que tem como objectivo garantir que a Lei da liberdade religiosa (16/2001 de 22 Junho) é integralmente aplicada (Júlio: tu és lixado! as coisas que me obrigaste a vasculhar .), isto é, que há liberdade de consciência, de religião e de culto e em que ninguém é privilegiado, beneficiado, prejudicado, perseguido ou privado de qualquer direito em função das suas práticas ou convicções religiosas. Também é preciso ter claro o que é laicidade: o seu objectivo fundamental é o de dar às Instituições um carácter não religioso, garantindo assim uma clara separação entre a(s) igreja(s) e o Estado, ou seja, um laico não é um ateu ou um agnóstico (erro muito vulgar) é apenas uma pessoa que zela pelo objectivo atrás referido, independentemente de ter ou não uma crença religiosa. Exemplificando de forma simples: a generalidade dos estados no mundo mulçumano não são laicos, não há separação entre Estado e religião, são estados confessionais sem liberdade religiosa (aliás sem liberdade pura e simplesmente). Em contrapartida, em todo o mundo democrático o estado é laico.
Estas comissões existem em muitos dos países democráticos, principalmente naqueles que têm várias comunidades religiosas de diferentes matizes, e não é correcto, meu caro júlio, dizer-se que é uma distribuição de tachos porque, que eu saiba, não há remuneração para os seus membros (que representam várias comunidades religiosas como a islâmica, a israelita, a evangélica etc) e, além disso, como já referi anteriormente a única mudança de pessoas que houve foi a de Mário Soares.
Eu sei que não gostas do bochechas (não deves gostar mesmo pois até quando ele critica o Sócrates o tens de ridicularizar .). Mas reconhecerás que é um homem incontornável da nossa democracia. Quem é que, numa demonstração de grande coragem política e física, estava na Fonte Luminosa no verão quente de 75 à frente da manif contra o totalitarismo, que marcou um ponto de viragem no nosso país rumo à democracia? Lembro-me do Soares e do Zenha. Sei que também estavam muitos militantes e quadros intermédios do PSD mas . e dirigentes? Onde estavam eles? Uns no Brasil, e outros escondidos. 1-0 para o Soares. Também a ele devemos a entrada na CEE. A ele e a Hernâni Lopes. Do PSD a maioria era céptica (a começar por Cavaco Silva) e a favor declaradamente eram, que me lembre, o falecido Mota Pinto e o Miguel Veiga. Hoje sabemos bem o positivo que foi termos aderido à UE. 2-0 para o Bochechas. Ah! e antes disto foi ele que evitou a bancarrota no País, quando foi 1º Ministro, por acaso tomando medidas bastante duras. 3-0 para o Fixe. Como sabes estou à vontade para falar disto, pois na altura em todas as questões atrás referidas estive contra, mas hoje dou-lhe razão. Aliás a História (aqui é com H) acaba sempre por dar razão aos que a têm.
Por fim: achas mesmo que alguém cala o Soares, seja em que circunstância for, se a ele lhe apetecer falar? E achas mesmo que o homem precisa de chamar jornalistas seus, como tu dizes? Será a Mª João Avilez, visita da casa, amiga pessoal, próxima do PSD, autora da biografia do dito cujo, uma jornalista dele? Meu caro, se o homem quiser falar ou dar uma entrevista, não há um único jornalista que, independentemente da sua tendência política, não a queira fazer. Era aliás o que acontecia com o próprio Álvaro Cunhal.
E agora é que é mesmo para acabar: Para dar porrada no Sócrates tem que se ir ao essencial. Tu pegaste no acessório e no irrelevante (desculpa dizer-te assim). Eu conto fazê-lo a curto prazo.
Depois é preciso saber o que é a CLR: é um organismo que tem como objectivo garantir que a Lei da liberdade religiosa (16/2001 de 22 Junho) é integralmente aplicada (Júlio: tu és lixado! as coisas que me obrigaste a vasculhar .), isto é, que há liberdade de consciência, de religião e de culto e em que ninguém é privilegiado, beneficiado, prejudicado, perseguido ou privado de qualquer direito em função das suas práticas ou convicções religiosas. Também é preciso ter claro o que é laicidade: o seu objectivo fundamental é o de dar às Instituições um carácter não religioso, garantindo assim uma clara separação entre a(s) igreja(s) e o Estado, ou seja, um laico não é um ateu ou um agnóstico (erro muito vulgar) é apenas uma pessoa que zela pelo objectivo atrás referido, independentemente de ter ou não uma crença religiosa. Exemplificando de forma simples: a generalidade dos estados no mundo mulçumano não são laicos, não há separação entre Estado e religião, são estados confessionais sem liberdade religiosa (aliás sem liberdade pura e simplesmente). Em contrapartida, em todo o mundo democrático o estado é laico.
Estas comissões existem em muitos dos países democráticos, principalmente naqueles que têm várias comunidades religiosas de diferentes matizes, e não é correcto, meu caro júlio, dizer-se que é uma distribuição de tachos porque, que eu saiba, não há remuneração para os seus membros (que representam várias comunidades religiosas como a islâmica, a israelita, a evangélica etc) e, além disso, como já referi anteriormente a única mudança de pessoas que houve foi a de Mário Soares.
Eu sei que não gostas do bochechas (não deves gostar mesmo pois até quando ele critica o Sócrates o tens de ridicularizar .). Mas reconhecerás que é um homem incontornável da nossa democracia. Quem é que, numa demonstração de grande coragem política e física, estava na Fonte Luminosa no verão quente de 75 à frente da manif contra o totalitarismo, que marcou um ponto de viragem no nosso país rumo à democracia? Lembro-me do Soares e do Zenha. Sei que também estavam muitos militantes e quadros intermédios do PSD mas . e dirigentes? Onde estavam eles? Uns no Brasil, e outros escondidos. 1-0 para o Soares. Também a ele devemos a entrada na CEE. A ele e a Hernâni Lopes. Do PSD a maioria era céptica (a começar por Cavaco Silva) e a favor declaradamente eram, que me lembre, o falecido Mota Pinto e o Miguel Veiga. Hoje sabemos bem o positivo que foi termos aderido à UE. 2-0 para o Bochechas. Ah! e antes disto foi ele que evitou a bancarrota no País, quando foi 1º Ministro, por acaso tomando medidas bastante duras. 3-0 para o Fixe. Como sabes estou à vontade para falar disto, pois na altura em todas as questões atrás referidas estive contra, mas hoje dou-lhe razão. Aliás a História (aqui é com H) acaba sempre por dar razão aos que a têm.
Por fim: achas mesmo que alguém cala o Soares, seja em que circunstância for, se a ele lhe apetecer falar? E achas mesmo que o homem precisa de chamar jornalistas seus, como tu dizes? Será a Mª João Avilez, visita da casa, amiga pessoal, próxima do PSD, autora da biografia do dito cujo, uma jornalista dele? Meu caro, se o homem quiser falar ou dar uma entrevista, não há um único jornalista que, independentemente da sua tendência política, não a queira fazer. Era aliás o que acontecia com o próprio Álvaro Cunhal.
E agora é que é mesmo para acabar: Para dar porrada no Sócrates tem que se ir ao essencial. Tu pegaste no acessório e no irrelevante (desculpa dizer-te assim). Eu conto fazê-lo a curto prazo.